Agricultura familiar e agroecologia: garantia de
desenvolvimento sustentável
Com cerca de 500 milhões de unidades
produtivas no mundo e 4 milhões no Brasil, hoje, a agricultura familiar é a
forma predominante de agricultura, tanto nos países desenvolvidos, quanto nos
países em desenvolvimento. É, também, uma importante solução para erradicar a
fome e a pobreza, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável.
Diante da
importância deste setor que pode mudar o atual modelo de produção, a
Organização das Nações Unidas (ONU), declarou 2014 o Ano Internacional da
Agricultura Familiar (AIAF). O Ano, proposto em assembleia geral da ONU,
pretende dar maior visibilidade para a agricultura familiar e aos pequenos
agricultores, apoiando a valorização, a formulação de políticas e a
conscientização pública.
NO ESTADO
Em Santa
Catarina, ações para valorizar a agricultura familiar e os modelos de produção
sustentáveis já começam a ser realizadas. Nesta segunda-feira, dia 05 de maio,
a Frente Parlamentar Mista pelo Desenvolvimento da Agroecologia e Produção
Orgânica, coordenada pela deputada federal, Luci Choinacki (PT/SC), no âmbito
do Congresso Nacional, realizou o Seminário “2014 Ano Internacional da
Agricultura Familiar”.
O evento,
realizado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), visou a
valorização e o fortalecimento da agricultura familiar, inserindo a
agroecologia neste contexto. Para a deputada, Luci, os agricultores familiares
poderão avançar para sistemas mais produtivos e sustentáveis se tiverem o apoio
das políticas adequadas. “A agricultura familiar precisa de políticas públicas
específicas, de viabilização de crédito, assistência técnica, seguro, acesso a
mercados e compras públicas. É preciso valorizar a agricultura familiar, pois
ela contribui com a economia, com o desenvolvimento social, com a geração de
empregos, além de ser um forte instrumento para erradicar a pobreza e garantir
a segurança alimentar no mundo”, acredita Luci.
SUSTENTABILIDADE
Os
agricultores familiares empregam sistemas agrícolas baseados na diversificação
de culturas e preservam produtos alimentícios tradicionais, contribuindo tanto
para uma dieta balanceada quanto para preservar a agrobiodiversidade mundial,
protegendo o meio ambiente e promovendo o desenvolvimento sustentável.
Neste contexto
é preciso ressaltar a importância da agroecologia, vista pela deputa Luci, como
“um braço forte para a agricultura familiar”. Durante o seminário, além de
difundir a importância da agricultura familiar, também foram articulas ações
para o desenvolvimento da agroecologia em Santa Catarina. “Discutimos a criação
da Rede Catarinense de Agroecologia. Também debatemos que a agroecologia e a
agricultura familiar carecem de maior apoio governamental para seu devido
desenvolvimento, seja na esfera federal, estadual e municipal. Apesar do avanço
identificado, com o lançamento do Plano Brasil Agroecológico, diversos
mecanismos de incentivo e apoio não atendem por completo as demandas.
Precisamos de mais sintonia entre os editais que são lançados e as demandas das
bases, de desburocratização dos processos, assim poderemos acabar com a
distância entre a prática e os trabalhos já desenvolvidos”, finaliza Luci.
O seminário teve
apoio da Comissão de Agricultura, da Câmara dos Deputados, e a parceria com a
Frente Parlamentar Catarinense pelo Desenvolvimento da Agroecologia e da
Produção Orgânica, a Frente Parlamentar Catarinense da Agricultura Familiar,
Pesquisa, Assistência e Extensão Rural e a Frente Parlamentar Catarinense de
Segurança Alimentar e Nutricional.
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